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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Mestre - Starcraft - Eu bem que queria que fosse diferente...


Galera, juro pra vocês que eu tentei fazer o meu melhor, mas não deu.

Eu queria começar esse post falando da minha querida campanha de Starcraft, com regras variantes do TRINITY, da White Wolf. Mas eu decidi antes fazer uma sessão de jogo, dessas de final de ano, que eu sempre tento fazer pra dar presentinho pros personagens e pros jogadores.

Só que o tiro saiu pela culatra...

Eu achei que era um bom momento pra reunir o pessoal, agora, dia 26/12, curtir a reunião de fim de ano, dar abraços nos amigos e rolar uns dados. E, de quebra, recomeçar a campanha Sci-Fi que eu tava me amarrando com o pé direito. Com novo arco de história, com novo fôlego e novos conceitos. Mas acho que o clima da campanha ficou pesado depois de uma indiscutível manobra suicida por parte de um dos jogadores.

Como eu acho que essa campanha não tem salvação depois do ocorrido, vou apenas escrever aqui um resumo do primeiro arco de história e minhas idéias para o segundo arco. Depois conto o desfecho da última sessão e deixo vocês - provavelmente - com a mesma sensação de frustração que eu.

RESUMO DAS SESSÕES ANTERIORES

Quando resolvi mestrar uma campanha de Sci-Fi, acho que me deu um estalo daqueles ao perceber que a ambientação de Starcraft é excelente para se fazer quase todo tipo de aventura. Pode-se ver ali reflexos de StarTrek, de Star Wars, de Exterminador do Futuro, Matrix, Stargate, Babylon 5, Alien, Firefly, Eu Robo, Minority Report, Tropas Estelares, entre muitos outros exemplos de ambientação, e mesmo assim mantendo sua identidade forte. Claro que o lançamento do Starcraft 2 foi - digamos assim - um incentivo a mais.

Bem, minha idéia a princípio era de fazer um grupo de foragidos, que precisariam uns dos outros para sobreviver no ambiente hostil que se apresentaria. Fiz mais ou menos isso, com leves adaptações, mas não posso dizer que tenha dado realmente certo.

Os personagens eram: um Mariner experiente e mercenário (Alvaro), uma Médica especialista em tortura e contra-espionagem (Vivi), uma Sniper Ghost para infiltração pesada (André), um Rogue Assassino (Ximu) e um Tecno-especialista (Marcos).

No começo, eu fiz o mais natural pra mim, peguei as origens separadas dos personagens, amarrei todos na mesma trama e fui apresentando um por um, enquanto todos iam passando por situações atípicas.

O Rogue estava em um comboio de três gigantescas naves cargueiras, que serviam, entre outras coisas, de transporte de prisioneiros para o planeta-prisão. Ele estava sendo forçado a viajar para esse planeta-prisão para servir de testemunha contra um grande traficante interplanetário. Lá, nesse cargueiro, ele se deparou com movimentações estranhas de alguns membros da tripulação. E decidiu investigar...

Sem saber dessa estranheza, a Ghost estava escondida na mesma nave, pois havia recebido uma missão de investigar rumores de incursões alienígenas no setor do planeta-prisão. Na minha ambientação, nem os Zergs ou os Protoss foram vistos por humanos, já que eu mestrava no espaço da Terra, e não da colônia terrestre que já conhecia esses aliens no game Starcraft. Os humanos, que já tinham conhecimento desses aliens no longínquo setor do jogo, não achavam que estariam tão perto do contato deles aqui. E no caso dos Zergs, principalmente, o contato significava conflito na certa.

Ouvindo os mesmos rumores, o Tecno tentava obter qualquer possibilidade de adquirir artefatos Protoss, e seguiu seus instintos de viajar para o mesmo setor da Ghost. O engraçado é que ele também viajava incógnito, pois não queria que ninguém soubesse dessa caça ao "tesouro".  E foi assim que três dos personagens estavam juntos logo de cara. Claro que nem o Alvaro ou a Vivi tinham feito personagem ainda.


Bem, depois de um ataque de bandidos, que pretendiam soltar o traficante preso, muita coisa aconteceu e os três personagens acabaram por se conhecer e saber suas especialidades.

Chegando no planeta-prisão, logo viram que 'rumor alienígena' era pouco para o que estava acontecendo de verdade ali. Zergs modificados estavam sendo introduzidos no planeta para estudos de controle mental deles a distância. Esses Zergs eram do mesmo tipo que eram estudados em segredo a mais de sessenta anos pelo United Earth Directorate (o grupo que controla e rege a Terra e suas colônias próximas), desde o contato dos humanos com sua colônia perdida do setor Koprulu, a Confederação Terrana. Essas experiências já era feitas a muitos anos, mas os Protoss souberam dessa 'infestação' e pretendiam destruir o planeta. Essa aparição surpresa dos Protoss é que era o rumor tão comentado.

Depois de quase dois meses de combates e escaramuças, os personagens chegaram a se unir com um grupo que sabia dessa manipulação Zerg e que era contra tudo isso, fazendo contato direto com o grupo avançado Protoss. E foi aí que entraram a Médica e o Mariner da Vivi e do Alvaro, respectivamente.

Fiz os personagens passarem até por tortura, além de alterações genéticas de alguns. Mas o pessoal curtiu de montão e o resultado foi positivo. O grupo ficou razoavelmente unido, apesar de eu ter percebido que nenhum dos personagens realmente era um amor de pessoa.

E foi isso. O primeiro arco de história teve guerra, morte, tortura e aliens, mas no final todos curtiram. E eu consegui apimentar a ambientação com a nata do Starcarft. O futuro era promissor, principalmente com inúmeras possibilidades sci-fi pra explorar.

Aí, resolvo fazer o novo plot. Com direito a andróides copiados de pessoas chave, complô pra assassinar os personagens - que tinham adquirido poderes alien de artefatos Xel'Naga - e tinha até a ideia de um dróide que arruma consciência e resolve tomar o controle mundial pra sí, a lá Terminator. Mas o Marcos colocou seu Tecno pra fazer um teste de teoria de viagem quântica dentro de uma dobra espacial... e sem avisar ninguém.

Bem, eu tentei pensar em qualquer coisa. Até acochambrar e fazer a galera conseguir algo legal disso... mas acho que não vai rolar. Testar uma teoria de transporte sem base anterior, sem ser em laboratório e sem ter instrumentos capazes de analise de revezes disso é quase como se Einstein tivesse dividido o átomo na sala de estar dele, só porque a teoria era possível. Ele seria vaporizado pela explosão atômica... E o que falar disso aí que aconteceu com os personagens?

Em nenhuma das minhas tentativas de facilitar essa sandice me deixou satisfeito - mesmo que remotamente - com o resultado. Adoro os personagens, curto o tema sci-fi, mas não acho que conseguiria mestrar com a mesma graça se eu deixasse passar essa doideira do Tecno em jogo. Parabéns pro Marcão pela tentativa, mas acho que é isso... Foi um fim bem bizarro!

Agora, só voltando pra um cenário de fantasia pra esquecer isso até a pilha do sci-fi voltar.

Ou alguém tem alguma idéia que não me ocorreu???

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