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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Jogador - D&D 2ªEd - Mundo de Cabal - Início de tudo...

Agora eu vou contar pra vocês como foi que eu caí de para-quedas no fantástico e maravilhoso mundo do RPG.

Como todos os meus amigos sabem, eu sempre curti demais quadrinhos, a ponto de querer ser desenhista e escritor, de tentar diversas vezes reunir uma galera pra discutir e produzir algo que fosse interessante pra nossa alma de fã, entre outras empreitadas nesse estilo de expressão.

Aí, quando eu tinha dezoito anos, veio um cara esquisitão, com um livro cheio de ilustrações e viajando numa história de que eu poderia fazer parte diretamente de tudo isso que eu tanto adoro. Que eu tinha a capacidade inclusive de criar minhas histórias e entreter um monte de gente... AH! Nessa hora, meu camarada, eu já não queria saber de mais nada, senão cair de cabeça nesse treco de Roleplaying Game. Isso foi em 1989...

Criei me personagem, um elfo (que eu achava que seria igual ao Noturno, dos X-Men), coloquei o meu apelido de infância no nome do figurinha, Borer (meu apelido é um pouco complicado de explicar) e caí dentro de um grupo de malucos que nem eu, em volta de uma mesa cheia de dados estranhos e folhas de papel de vários tipos.

Mas vamos à aventura...

Introdução

Como não podia deixar de ser, um monte de esquisitões que nunca viu isso antes tentava prestar atenção no mestre do jogo, o Sergio Martins, mais maluco que todos juntos. Mas foi legal pacas, pois tinha também duas meninas novatas e - admito - sem elas presentes, acho que eu ia embora, pois era muito muleque com barba pra fazer e cara de idiota junto. E eu tô me incluindo nisso, hehehe.

Os Personagens e os Jogadores

- Meu personagem, o elfo da floresta Borer D'Allinor, ladrão e guerreiro, que já tentei até fazer quadrinhos com ele (saiu na Metal Pesado e na extinta Roleplaying Magazine, faz uma data). Ah, e pra quem não sabe meu nome - Charles Bertho.

- Silvian, humano, ranger e forte bagaray - era personagem do Silvio Muranaga, o japa mais safado que já encontrei, amigo da escola.

- Leanna, meio elfa, louca a pampa, ladra em tempo integral - personagem da Gabriela Pirralho, que na época namorava o outro ranger da roda, o Claudio Ferreira, conhecido mais como Sucuri, que entrou na aventura seguinte.

- Morgana, elfa maga, meio sem graça - personagem da Nicinha Bertho, minha irmã (que não curtiu muito jogar RPG e só aparecia esporadicamente).

- Focus, o elfo mago mamateiro - do Claudio Bustamante, amigão da época do CPII, falecido prematuramente. Que Corellon o tenha!

- o bardo meio-elfo, que vou chamar de Kris, pois eu não lembro mais o nome (vou ficar devendo essa), do parceirão Hélio Bustamante, irmão do Claudio.

Aventura

A aventura se passa num mundo próprio, ainda sem nome (posteriormente chamado de Mundo de Cabal), num ambiente sem mapa (feito na hora, enquanto a gente ia jogando) e com uma aventura beeem introdutória.

A irmã do Borer (??? nem sabia que tinha irmã) ia se casar com um humano. E a festa ia ser grande, daquelas nunca vistas na pequena vila perto da nossa fazenda (de uvas, para fazer vinho por lá mesmo). Todos os personagens eram criados nas redondezas e foram lá para o boquinha livre. O Kris ficava enchendo o saco com musiquinhas de romance, mas era o papel dele de bardo.

O Silvian tava fazendo as vezes de lenhador e tinha acabado de chegar com um monte de lenha pra fogueira da festa, quando um moleque veio correndo do Templo do Sol (ainda não tinha descrições de deuses desse mundo) e gritava que o sacerdote que iria celebrar o casamento tinha desaparecido, com um rastro de sangue na parte de trás do templo, que seguia na direção do cemitério.

O Silvian pegou seu machado e disse que ia ver o que tinha acontecido, mas um grupo maior se prontificou a ir junto. Inclusive eu, que não tava a fim de ouvir minha irmã chorar a noite toda porque não casou com o humano de estimação dela (Borer sempre foi racista).

Daí pra frente, foi só porrada na venta de todo mundo... hehehe!

Encontros e Dificuldades

1 - O primeiro encontro do pessoal foi um grupo de bandidos que usava o cemitério de base e que estava ali na hora errada. Entraram no cacete e nem tinham visto sacerdote nenhum. Mas eles sabiam de umas catacumbas antigas que diziam ser assombradas, uns dois quilômetros adentro da mata.

2 - Como o Silvian era o ranger, além dele dizer que já conhecia o local (que parecia mesmo de mal agouro), ele foi guiando o grupo. Pedreira foi encarar uns ursos famintos no caminho.

3 - Chegando nas ruínas, percebemos que estavam sendo usadas, pois a terra tinha marcas recentes, e algumas gotas de sangue (que deviam ser do sacerdote) arrematavam nossas suspeitas.
Foi quando encaramos orcs. Oito deles. Foi punk, mas deu pra encarar.

4 - Decididos, entramos na marra e achamos um calabouço antigo, onde o sacerdote estava. O velho tinha um galo enorme na cabeça e cortes no braço direito, que sangrava. Ao lado dele estava um orc diferente, cinzento e enorme, cheio de cicatrizes antigas e novos ferimentos graves recentes.

Os orcs queriam o sacerdote para que ele usasse seus dons de cura e salvasse seu líder, um tenente do exército da Horda Negra. Mas já era tarde quando ele chegou e o líder estava morto. Os orcs que enfrentamos estavam decidindo o que fazer em seguida, além de matar o velho padre.

5 - Outro grupo de oito orcs chegou, procurando o líder, e fomos pegos desprevenidos, pois já tínhamos gasto toda a nossa capacidade de cura, seja por poções ou por bandagens. Além dos magos estarem exaustos. Foi quando tivemos que ir mais para o interior das catacumbas e tentar escapar por outra saída.

6 - A parte do 'local assombrado' veio nessa hora, que afugentou os orcs, mas tivemos que encarar nada menos que seis esqueletos e dois zumbis. Nessa hora foi que eu vi que o Borer ia ser o personagem mais legal que eu ia ter. Ele ia destrancar uma porta de ferro para que todos passassem e conseguissem fugir dos zumbis, mas a Gabriela ficou doida e fez a Leanna me empurrar e usar as habilidades dela, só pra ganhar mais XP. Aí, hehehe... zuei muito ela depois... tinha uma armadilha de alçapão, que nenhum dos dois verificou (falta de experiência de jogo mesmo) e então - CABAU (onomatopéia ridícula gentilmente cedida pelo mestre, e daí o apelido)- ela se estabacou e morreu nas pontas envenenadas lá embaixo.

Então, por pura sorte, não fui eu quem se estabacou. Podia ser impressão de novato, mas curti muito mais o personagem a partir dali...

Desfecho da Sessão

A aventura terminou com o pessoal retornando com o sacerdote lanhado, tonto, ferido e vivo pra casar a moça histérica e 'bridezilla'. E os outros convidados que foram salvar o velho pareciam mais massa de pão sovado, sem forças de curtir qualquer coisa que não fosse uma boa noite de sono.

Pra primeira aventura, meus camaradas, foi muito legal. E cativou bastante o pessoal todo. Ponto pro Sergio, que depois da onomatopéia usada na armadilha que matou a Leanna, e em outras sessões, virou Sergio Cabau (que ele rapidamente transformou em Cabal).

Observações

Curti de montão! E como era tudo novidade, nem liguei de não ter mapa, ou mundo, ou até deuses. Mal podia esperar pra conhecer o outro jogo que tanto ouvi falar naquele dia, o MARVEL SUPERHEROES.

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