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segunda-feira, 12 de março de 2012

Jogador - Meus Personagens e Melhores Campanhas que Joguei

Como já comentei aqui antes, meu primeiro personagem de RPG foi o Borer. E o cara era tinhoso... Maneiríssimo de jogar e muito tinhoso! Mas ele foi só o primeiro de uma pequena leva de personagens que marcaram minha vida de um jeito que NENHUM Batman, Homem Aranha, Indiana Jones, Darth Vader ou até Pato Donald chegaram perto de fazer.

Aqui abaixo deixo minha homenagem especial para esses personagens e para os mestres desse jogos, que me deram vidas inteiras de experiência extra e maravilhosa...



1 - Borer D'Allinor (AD&D 2Ed):

Esse é o mais safado, sem vergonha e pilantra personagem que eu tive o prazer de jogar. Foram tantos momentos especiais que me deixa confuso lembrar tanta coisa maneira. É óbvio que - por ser o primeiro - se a sessão de jogo fosse de ficar pulando amarelinha, talvez eu até iria me amarrar, pois tudo era novidade.

Pra quem não leu meu outro post daqui, o Borer era um elfo da floresta (não o selvagem), daqueles típicos e preconceituosos. Por ter arrumado desavenças em casa, teve que ganhar o mundo e acabou enveredando pro lado mais ilícito da vida. E a parte mais interessante do background dele era que - como o mestre nunca fez um mapa do mundo dele - a gente dizia que o Mundo de Cabal era uma colcha de retalhos de outros mundos se esbarrando. E era comum aventureiros terem uma sina de viver entre dimensões, sempre pulando de uma dimensão pra outra. Quase como se fosse uma maldição/benção...

Eu já fiz de tudo com ele... enfrentei dragão, beholder, encarei exércitos, fui parar em Ravenloft, Terra Média, Toril, Oerth, morri umas quatro vezes, meti a mão em um Deck of Many Things, casei, tive filhos, fui rei, mendigo, herói e vilão... Bem coisa de guerreiro/ladino do D&D.

E aqui vai meu abraço reverente aos mestres malucos que aguentaram meu role mutcholoco: Sérgio Cabau, Raphael Magrão, Pedro Borges e André Villenave.



2 - Elemental (MARVEL Superheroes):

O nº 2 da lista e segundo personagem de RPG criado, foi o meu mais querido super-herói e ex-agente da S.H.I.E.L.D., Christopher Coogan.

O cara teve treinamento de super-agente com o Capitão América, criou os Recombatentes Internacionais, foi líder de campo em inúmeros conflitos e teve mais aventuras que muito herói por aí.

Como é muito mais difícil arrumar mestre de Supers, não posso dizer que foram tantos mestres assim que marcaram a vida do meio-irmão do Termostato e da Spark. Um abração pro André Marvel, pro Carlos Eduardo Ximú e pro André Villenave.



3 - Gillian D'Allinor (Rolemaster):

Primeiro filho do Borer, Gillian nasceu em Esgaroth, a Cidade do Lago, na Terra Média. Diferente do pai, Gillian não tinha nada de aventureiro. Ele tinha era um sentimento muito forte de dever. Tanto que a profissão dele era Nightblade, um tipo de assassino especialista no Rolemaster. E o cara se especializou em matar só coisa ruim... desde orcs e trolls até dragões.

Foram jogos primorosos e cheios de carga dramática, bem no estilo Tolkiano. O mestre conseguiu fazer uma campanha em plena Guerra do Anel com seus próprios vilões, ambientes próprios e um personagem que foi de herói a vilão de forma magistral,... o Araknus. E cada personagem teve sua vida contada do início ao fim... com desfechos mesmo. A parada foi mesmo uma história de vida.

O Gillian era mais estilo cheio de si e com cultura transbordando, típico dos antigos Elfos Sindar, pois ele não foi criado pelo pai. O Borer deixou o cara ainda bebê em Esgaroth, sob cuidados dos elfos locais.

Esse cara não teve muita sola de sapato gasta, pois só teve o Daniel Gárgula como mestre. Um brinde, camarada!!!



4 - Thomas Corley (Velho Oeste - Regras Próprias):

Esse daqui teve vida curta. Participei de nove sessões de um grande arco de história e fui a primeira vítima do vilão da trama. Como era um garoto de 19 anos, cheio de atitude e se achando o maioral com uma pistola, não demorou pro moleque acabar vendo o lado ruim do oeste bravio. Hehehe!

Mas foi muito legal ter morrido, pois o rapaz era muito querido na roda de jogo - que tinha três mulheres jogando - e quando a bala arrancou a vida dele, o peso em drama pro jogo foi ducacete!

Tenho certeza que todos os envolvidos do jogo se lembrarão sempre do jovem pistoleiro.

E um agradecimento especial pro mestre, o Paulão, mais conhecido por aí como Zontel. O cara quando se dedica a mestrar, acreditem, só saí coisa boa! Ainda tenho mais duas rodas dele pra por aqui na lista.



5 - Chuk Isalive (Star Trek - FASA):

Esse foi meu breve lado capitão da Frota Estelar. O mestre - André Marvel - tava a fim de experimentar outras coisas além de Supers e acabou enveredando pra outro universo que sou apaixonado, Jornada nas Estrelas.

Chuk Isalive era um Caitian diferente. Cheio de filosofias zen, lutava artes marciais pregando o não-combate. Comecei jogando de piloto/navegador, mas logo nas primeiras aventuras, o grupo se deparou com o Universo Espelho. E adivinha a surpresa do mestre quando a gente resolve todo o problema em tempo recorde e de quebra ainda consegue uma cópia mais bombada da Enterprise...

Joguei muito pouco com esse carinha, mas deixou muita saudades!



6 - Necromancer (Shadowrun 2Ed.):

Personagem de vida curta mas que curti de montão. Foi um arco de pouco mais de um ano, mas deixou saudades pelo estilo Bladerunner na veia que o mestre conseguiu desenvolver. A sequencia de aventuras que a gente tinha que encontrar o dróide perfeito, que era o maior terrorista explosivo, foi dez.

O Necromancer não era nada necromante. O cara era Sniper e especialista em matar utilizadores de magia. E adorava explodir coisas caras. Curti muito fazer queda de braço (cibernético) com o troll jogador de futebol americano do Falcão, um excelente player que desapareceu nesse mundão aí.

Olha, vendo agora, todo mundo deveria jogar mais esse tipo de jogo. Eu admito que é um estilo pra lá de legal..

Bola dentro pro Sergio Cabal, que assumiu mais essa roda só pra ver se a galera curtia sci-fi.



7 - Lágrima da Fúria (Lobisomem, O Apocalipse):

Mais uma roda perfeita e cheia de excelentes jogadores. E mais um exemplo do Zontel de como mestrar. As sessões eram tão ricas de interpretação que tinha gente chorando quase toda aventura. Drama, suspense, terror, aventura e humor... tudo na dose certa. Claro que os personagens e os jogadores tinham uma sinergia daquelas raras.

Adorava o meu metis Ahroun da tribo dos Uktena. O cara era conflito interno o tempo todo. E o mestre incentivava o role profundo.

É, admito, muito boa época.

Esse foi, sem dúvida, o personagem que eu mais senti a perda, quando ele foi expulso das tribos e foi obrigado a "perder o lobo" como punição.



8 - Coração Gelado (Lobisomem, O Apocalipse):

Outro personagem garou. Eu simplesmente não me cansava de jogar isso. Esse era Ahroun das tropas especiais dos Andarilhos do Asfalto, conhecido por ser mais frio que o Hitman Carecão!

O Kenneth Frost, como era mais conhecido, foi minha experiência mais marcante no RPG para o caso de que nem todo personagem deve sobreviver a mudança de mestre.

Ele teve ótimos momentos nas mãos do Geraldo Glorfindel e eu consegui criar ótimos momentos de role 'by forum' entre as sessões. Mas nem sempre as coisas são como a gente gostaria. Depois do Geraldão, eu tentei manter o personagem em outra roda. Como o coitado sofreu na mão do Dudle... eita mestre ruinzinho!



9 - Silêncio (Lobisomem, O Apocalipse):

Foi o único que eu joguei bem menos do que gostaria. Esse metis era ligado ao alto escalão dos Senhores das Sombras e vivia batendo de frente com os jogadores mais antigos da roda, já que eu entrei nela anos depois de ter começado.

O Ximu tinha uma roda de Lobisomem fazia anos e nunca tinha me chamado pra jogar, até que começou a rarear jogador e abriu uma vaguinha.

Mas o Silêncio nem foi o primeiro personagem por lá. tive dois antes... Um que era mais coadjuvante e outro que se chocou tanto com a personagem da namorada do mestre, que foi consenso aposentar ele.

O Silêncio era um lobisomem que não uivava. Só falava por sussuros, pois nasceu com a deformidade na garganta. Uma deformidade que deixou ele com aquele jeitão Clint Eastwood de falar, hehehe!



10 - Cão do Inferno (DC Heroes):

Meu super-herói do universo da Distinta Concorrência.

O Cão era um padre velhote e rabugento, que decidiu que o mundo estava cínico demais e que as pessoas não teriam a salvação prometida por Deus, se ele não fizesse algo mais diretamente.

Com conhecimento de sobra em ocultismo, o vovô tentou aprisionar um demônio e forçá-lo a fazer o que ele queria. Mas o padre só conseguiu conter o dêmo em um lugar... Em seu próprio corpo.

Agora, Cão e Padre se mantém num equilíbrio tenso para ajudar as pessoas na marra. E o Cão só esperando um deslize para aprontar das suas.


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Pronto!

Dez personagens que me marcaram. Tem mais uns vinte pra postar aqui, mas acho que deve ser um saco ficar lendo sobre personagem dos outros. então vou postar aos poucos, pra poupar vocês de minhas memórias maçantes!


Abração!

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